EXCLUSIVO: Estudo do aeroporto de Ponta Grossa tem 142 páginas; veja a íntegra | aRede
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EXCLUSIVO: Estudo do aeroporto de Ponta Grossa tem 142 páginas; veja a íntegra

O Portal aRede obteve também outros documentos em relação ao Estudo de Viabilidade Técnica, como o Termo de Entrega para Análise dos EVT's, Ofício entregue para a SAC e Considerações Ponta Grossa

Documentos trazem informações sobre o projeto de expansão do aeroporto
Documentos trazem informações sobre o projeto de expansão do aeroporto -

Fernando Rogala com Redação

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O Estudo de Viabilidade Técnica (EVT) do Aeroporto Sant'Ana, de Ponta Grossa, contratado pelo Governo Federal em 2014, a um custo milionário, possui 142 páginas. O documento até então desconhecido por lideranças políticas e empresarias da cidade, e que o prefeito da época Marcelo Rangel diz não se recordar, foi obtido com exclusividade pelo Portal aRede e pode ser conferido na íntegra AQUI

O Portal aRede obteve também outros documentos em relação ao estudo, entre eles o Termo de Entrega para Análise dos EVT'S, Considerações Ponta Grossa, Ofício entregue a Secretaria de Aviação Civil (SAC) e Súmula de Análise de EVT.  

O estudo contratado em 2014 fez um detalhamento das condições da época do aeródromo e elaborou quatro alternativas para a ampliação da capacidade de passageiros. Para isso, fez quatro simulações com a operação de dois tipos distintos de aeronaves, ambas turbofan. As projeções foram feitas com aeronaves Airbus A319 e Boeing B737-800, com diferentes capacidades de operação (Peso Máximo de Decolagem), prevendo investimentos em ampliação de comprimento da pista, largura, construção de nova taxiway, novo pátio para aeronaves e um novo terminal de passageiros. Os investimentos previstos variavam entre R$ 66,7 milhões e R$ 261,6 milhões, à época.

A alternativa que demandava de menos investimentos era a adequação da pista para receber voos com a aeronave Airbus A319, com restrição em 80% de Peso Máximo de Decolagem, considerado como ‘Cenário 1’. O EVT apontou que para receber esse tipo de avião, não haveria a necessidade da ampliação da pista, apenas adequações, como a construção de áreas de giro nas extremidades e construção de duas RESAs (Área de Segurança de Fim de Pista), de 60m X 90m, uma em cada extremidade – hoje há uma, na cabeceira 26; mas antes não havia.

Para essa alternativa do ‘Cenário 1’, a estimativa de investimento era de R$ 66,7 milhões, sendo R$ 7,6 milhões para desapropriações e custos ambientais, R$ 5 milhões em aterro e drenagem e mais R$ 16 milhões em pavimentação, R$ 11 milhões para a construção de um terminal de passageiros e mais R$ 16,3 milhões em equipamentos. Não seria necessária a ampliação de pista pelo fato de que, segundo o estudo, com o avião com restrição em 80% do peso, ele poderia operar em uma pista com 1.330 metros – o Sant’Ana tem 1.430 metros de pista, sendo 1.340 metros operacionais, devido ao deslocamento de uma das cabeceiras.

Para os outros três cenários, o investimento previsto no terminal de passageiros sempre foi o mesmo (R$ 11 milhões), bem como semelhante para os equipamentos (entre R$ 16,3 e R$ 16,5 milhões), variando conforme o balizamento luminoso e sinalização vertical, de acordo o tamanho da pista. Cabe destacar que todas as opções de ampliação de pista, apresentadas nos outros três cenários, contemplaram a expansão para o lado da cabeceira 08, ou seja, para a que fica ao lado da rodovia PR-151. “O prolongamento para onde está previsto o crescimento longitudinal da PPD, conta com a instalação de área de extração de areia de grande porte. Segundo o Operador Aeroportuário, o proprietário da área já está ciente de que haverá interferência do aeroporto naquela área, caso haja investimento do Programa no aeródromo”, diz o documento.

O ‘Cenário 2’ previsto mantinha a operação dos A319, porém com capacidade de peso em 90%. Como a aeronave precisaria de 1.560 metros para operar nesse cenário, essa alternativa previa a ampliação da pista em 220 metros, passando por onde está hoje traçada a rodovia PR-151, avançando sobre uma área de extração de areia. Seu custo estimado seria de quase o dobro da proposta 1, de R$ 129,8 milhões. O novo pátio de aeronaves também teria 42 mil metros quadrados, como detalhado na proposta 1, para receber até oito aeronaves, assim como a largura da pista seria mantida em 30 metros, como é até hoje.

Os ‘Cenários 3 e 4’ previam a operação da pista com o Boeing B737-800, com 80% e 90% da capacidade de peso, sendo que para ambos haveria a necessidade da ampliação da pista, inclusive lateralmente, por serem aeronaves maiores. Para o cenário três, a pista seria ampliada em 460 metros, para ter os 1.800 metros necessários para receber os 737-800 com 80% de PMD, toda ela com uma largura de 45 metros. Com isso, a pista terminaria e teria a RESA próxima ao leito do Rio Tibagi. Seu valor seria de R$ 170,3 milhões.

O cenário mais extremo, o 4, previa a operação do Boeing com 90% de sua capacidade de peso. Nesse cenário, devido à elevada altitude do aeroporto (quase 800 metros), haveria a necessidade de 2.150 metros de pista, o que demandaria de uma ampliação de 810 metros em sua extensão, e mais 15 metros em sua largura (45 metros). O orçamento para essa obra, que passaria sobre o Rio Tibagi, seria de R$ 261,6 milhões. Só em desapropriações e custos ambientais, seriam R$ 87,6 milhões, além de R$ 85,2 milhões em terraplanagem. Todos esses cenários previam as condições mais extremas de operação das aeronaves, incluindo pista molhada e variações de temperatura.

Estudo de Viabilidade Técnica aponta quatro cenários para ampliação da pista do Aeroporto Sant'Ana
Estudo de Viabilidade Técnica aponta quatro cenários para ampliação da pista do Aeroporto Sant'Ana |  Foto: Arquivo-aRede
 
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